A Quinta em análise, situada em São Carlos é o melhor, maior e mais exuberante exemplar dos Chalés de estilo colonial que se construíram na Ilha Terceira no início do séc. XX.
Terá sido mandado construir em 1908 como casa de veraneio, uma vez que, como era habitual à época, possuía, o então proprietário, também casa no centro da cidade como residência permanente.

A casa e respectivo reduto, insere-se num contexto de quintas de lazer, localizadas fora de portas da cidade de Angra do Heroísmo, no lugar de São Carlos na zona poente da urbe terceirense e onde a nobreza e alta burguesia passavam os meses de verão, numa intensa vida social e cultural.
Há semelhança das restantes quintas circundantes possuía mastro e bandeira que identificava o proprietário e era desfraldada para anunciar que os mesmos já se encontravam presentes e a receber visitas.

A arquitectura dos chalés coloniais, marcou a construção do início do séc. XX. Uma das características formais mais marcantes era a exuberância dos rendilhados de madeira que resultavam da adopção construtiva de telha marselha, que assim permitia maiores inclinações das coberturas e desta forma um maior aproveitamento do respectivo desvão, mas que, contrariamente à tradicional telha canudo, não permitia execução de beirado, exigindo, assim, uma solução de remate que a ocultasse.

A casa possui três pisos: um piso em semi-cave tirando partido do relevo do terreno e onde se insere a garagem e garrafeiras várias, bem como a zona de fornos e de lavagem ligadas directamente à cozinha no piso superior; um piso térreo constituído pelas áreas sociais e de serviço, hall, salão, sala de jantar, sala de chá, copa e cozinha; um piso elevado constituído pelos diversos quartos e zonas de apoio e de criadagem. Note-se, na suite principal os vãos de ventilação que permitiam o arejamento natural do espaço sem necessidade de abrir qualquer porta ou janela para o exterior. Todos os quartos possuem varanda privativa.
Estas quintas tinham, normalmente, e esta não é excepção, um jardim de lazer, na proximidade do edifício contendo exemplares exóticos, uma zona de horta e pomar e ainda zona de mata para recolha de lenha. Por segurança eram muradas, com um único portão de entrada, sendo este exemplar uma excepção, visto ter jardim gradeado com entrada distinta da do portão de serviço. Possui ainda cavalariças com as baias originais.

Tem espaço para estacionamento no interior da propriedade e no seu exterior.

Esta freguesia é dotada de todos os serviços essenciais. Tem restauração variada, serviços e comércio diversificados. Tem vários minimercados distribuídos pela freguesia e vários serviços ligados à área da saúde. Há ainda vários organismos públicos, IPSS, a Universidade dos Açores e grupos desportivos. Destacam-se os dois hotéis de 4 estrelas e as suas zonas balneares, a do Fanal e a da Silveira. Tem bons acessos e frequência de transportes públicos. A freguesia goza de um microclima próprio, daí o seu interesse turístico e importância para a fruticultura e floricultura.

De acordo com o n.º 1, do artigo 4.º Os proprietários de edifícios que não possuam pré-certificado ou certificado SCE estão dispensados de indicar, aquando da publicação dos anúncios de venda ou de locação, a classificação energética dos mesmos e do n.º 2, do mesmo artigo, a dispensa é extensível aos promotores ou mediadores da venda ou da locação, no âmbito da sua actuação, tal como previsto no Decreto Lei Regional n.º 4/2016/A, de 2 de fevereiro.

Actualizado em 28 de novembro de 2023